sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sociologia

Entre 1822 e 1889. Da independência á república, havia no país um estado imperial constitucional com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, No entanto, havia algo diferente no brasil de Dom Pedro I: o poder Moderador, exercido pelo imperador.
 O poder Moderador ficava acima dos outro três, pois o imperador nomeava os integrantes do Conselho de Estado e do Senado, escolhia os membros do Supremo Tribunal, podia dissolver a Câmara do Deputados e ultliza as Forças Armadas quando as achasse conveniente para manter a segurança do Império. Dom pedro tinha o poder absoluto com uma maquiagem liberal, já que havia uma constituição no país. Parecia que existia um parlamento, mas, de fato, quem exercia o poder era o imperador.
Depois da abdicação de Dom Pedro I, com as Regências e governo de Dom Pedro II, a estrutura política do Brasil manteve-se igual.
Talvez o Brasil tenha sido o único país do mundo em que uma constituição liberal coexistiu com a esravidão, Isso é uma grande condição, pois a constituição liberal dispõe que todos os indivíduos são igais perante a lei, e a escravidão é a negação disso. A permanência dessa contradição se explica pelo fato de a escravidão ser um dos elemenetos estruturais do Império. Ela foi abolida, em 1888, e a monarquia caiu em seguida.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Filosofia


- O materialismo dialético

Ao contrário do idealismo de Hegel, para Marx a matéria é o dado primário, a fonte da consciência, e esta é um dado secundário, derivado, pois é reflexo da matéria. É preciso distinguir, no entanto, o materialismo marxista, que é dialético, do materialismo anterior a ele, conhecido como materialismo mecanicista ou vulgar:

*O materialismo mecanicista parte da constatação de um mundo composto de coisas e, em ultima analise, de partículas e materiais que se combinam de forma inerte.

*Para o materialismo dialético, os fenômenos materiais são processos. Além disso, o espirito não e consequência passiva da ação da matéria, podendo reagir sobre aquilo que o determina.

- A dialética marxista

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Ao admitir o materialismo, o marxismo opõe-se a filosofia idealista de Hegel, mas aproveita sua concepção de dialética. No dizer de Engels a respeito de seu procedimento, a dialética de Hegel foi colocada com a cabeça para cima ou, dizendo melhor, ela, que se tinha apoiado exclusivamente sobre sua cabeça, foi de novo resposta sobre seus pés.

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A dialética é a estrutura contraditória do real, que no seu movimento constitutivo passa  por três fases: a tese, a antítese e a síntese. Ou seja, explica-se o movimento da realidade pelo antagonismo entre momento tese e o da antítese, cuja contradição deve ser superada pela síntese.

Além da contraditoriedade dinâmica do real, outra categoria fundamental para entender a dialética é a totalidade, pela qual o todo predomina sobre as partes que o constituem. Isso significa que as coisas estão em constante relação reciproca, e nenhum fenômeno da natureza ou do pensamento pode ser compreendido isoladamente fora dos fenômenos que o rodeiam. Entendemos melhor esse processo com os exemplos da analise histórica feita por Marx.

- O materialismo histórico

O materialismo histórico e a teoria que aplica os princípios do materialismo dialético ao campo da historia. Como o próprio nome indica, é a explicação da historia por fatores materiais, ou seja, econômicos e técnicos.

Marx inverte o processo do senso comum que explica a historia pela ação dos indivíduos, ou, as vezes, até pela interpretação divina. Para o marxismo, no lugar das ideias estão os fatos materiais, no lugar dos heróis individuais, a luta de classes. Em outras palavras, embora possamos tentar compreender e definir o ser humano pela consciência, pela linguagem, pela religião, o que fundamentalmente o caracteriza é o modo pelo qual reproduz suas condições de existência.

Portanto Marx, a sociedade estrutura-se em níveis:

a)     Chamado de infraestrutura, o primeiro nível fala de construir base econômica, engloba as relações do ser humano com a natureza, no esforço de produzir a própria existência e as relações dos indivíduos entre si.

b)     Superestrutura, caráter politico-ideológico, que se constitui por dois aspectos:

·      Pela estrutura jurídico-politica representada pelo estado e pelo direito: segundo Marx, a relação de exploração de classe no nível econômico repercute na relação da dominação politica.

·      Pela estrutura ideológica, as expressões da consciência social, tais como a religião, as leis, a educação, a literatura, a filosofia, a ciência e a arte, também nesse caso, por que sua cultura reflete as ideias e os valores da classe dominante.

Vamos exemplificar como a infraestrutura determina a superestrutura, comprando valores de dois diferentes períodos da historia.

A moral medieval valoriza a coragem e a ociosidade da nobreza ocupada com a guerra, bem como a fidelidade, base do sistema de suserania e vassalagem, do ponto de vista do direto, em um mundo cuja riqueza e a posse de terras, o empréstimo a juros e considerado ilegal e imoral. Já na idade moderna, com a ascensão da burguesia, o trabalho foi valorizado e, consequentemente, critica-se a ociosidade a legislação do sistema bancário, por sua vez, exigiu a revisão das restrições moras aos empréstimos, a igreja protestante confirmou os novos valores por meio da doutrina da predestinação e , ao contrario do catolicismo, passou a ver o enriquecimento como sinal de escolha divina.

Ao analisar o ser social, Marx desenvolveu uma nova antropologia, segunda a qual existe natureza humana, idêntica em todo tempo e lugar, se o assistir decorre do agir, o individuo se autoproduz a medida que transforma a natureza pelo trabalho. Como o trabalho apoia numa ação coletiva, a condição humana depende de sua existência social. Por outro lado, o trabalho é um projeto, e ação pelo pensamento. Com isso se estabelece a dialética pensar-agir e teoria-prática, por isso a filosofia marxista e também conhecida como filosofia da práxis.