Entre 1822 e 1889. Da independência á república, havia no país um estado imperial constitucional com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, No entanto, havia algo diferente no brasil de Dom Pedro I: o poder Moderador, exercido pelo imperador.
O poder Moderador ficava acima dos outro três, pois o imperador nomeava os integrantes do Conselho de Estado e do Senado, escolhia os membros do Supremo Tribunal, podia dissolver a Câmara do Deputados e ultliza as Forças Armadas quando as achasse conveniente para manter a segurança do Império. Dom pedro tinha o poder absoluto com uma maquiagem liberal, já que havia uma constituição no país. Parecia que existia um parlamento, mas, de fato, quem exercia o poder era o imperador.
Depois da abdicação de Dom Pedro I, com as Regências e governo de Dom Pedro II, a estrutura política do Brasil manteve-se igual.
Talvez o Brasil tenha sido o único país do mundo em que uma constituição liberal coexistiu com a esravidão, Isso é uma grande condição, pois a constituição liberal dispõe que todos os indivíduos são igais perante a lei, e a escravidão é a negação disso. A permanência dessa contradição se explica pelo fato de a escravidão ser um dos elemenetos estruturais do Império. Ela foi abolida, em 1888, e a monarquia caiu em seguida.
micaela diarte
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Filosofia
- O materialismo dialético
Ao contrário do idealismo de Hegel, para Marx a matéria é o
dado primário, a fonte da consciência, e esta é um dado secundário, derivado,
pois é reflexo da matéria. É preciso distinguir, no entanto, o materialismo
marxista, que é dialético, do materialismo anterior a ele, conhecido como
materialismo mecanicista ou vulgar:
*O materialismo mecanicista parte da constatação de um mundo
composto de coisas e, em ultima analise, de partículas e materiais que se
combinam de forma inerte.
*Para o materialismo dialético, os fenômenos materiais são
processos. Além disso, o espirito não e consequência passiva da ação da
matéria, podendo reagir sobre aquilo que o determina.
- A dialética marxista
___________
Ao admitir o materialismo, o marxismo opõe-se a filosofia idealista de Hegel, mas aproveita sua concepção de dialética. No dizer de Engels a respeito de seu procedimento, a dialética de Hegel foi colocada com a cabeça para cima ou, dizendo melhor, ela, que se tinha apoiado exclusivamente sobre sua cabeça, foi de novo resposta sobre seus pés.
___________
A dialética é a estrutura contraditória do real, que no seu
movimento constitutivo passa por três
fases: a tese, a antítese e a síntese. Ou seja, explica-se o movimento da
realidade pelo antagonismo entre momento tese e o da antítese, cuja contradição
deve ser superada pela síntese.
Além da contraditoriedade dinâmica do real, outra categoria
fundamental para entender a dialética é a totalidade, pela qual o todo
predomina sobre as partes que o constituem. Isso significa que as coisas estão
em constante relação reciproca, e nenhum fenômeno da natureza ou do pensamento
pode ser compreendido isoladamente fora dos fenômenos que o rodeiam. Entendemos
melhor esse processo com os exemplos da analise histórica feita por Marx.
- O materialismo histórico
O materialismo histórico e a teoria que aplica os princípios
do materialismo dialético ao campo da historia. Como o próprio nome indica, é a
explicação da historia por fatores materiais, ou seja, econômicos e técnicos.
Marx inverte o processo do senso comum que explica a historia
pela ação dos indivíduos, ou, as vezes, até pela interpretação divina. Para o
marxismo, no lugar das ideias estão os fatos materiais, no lugar dos heróis
individuais, a luta de classes. Em outras palavras, embora possamos tentar
compreender e definir o ser humano pela consciência, pela linguagem, pela
religião, o que fundamentalmente o caracteriza é o modo pelo qual reproduz suas
condições de existência.
Portanto Marx, a sociedade estrutura-se em níveis:
a) Chamado de infraestrutura, o primeiro
nível fala de construir base econômica, engloba as relações do ser humano com a
natureza, no esforço de produzir a própria existência e as relações dos
indivíduos entre si.
b) Superestrutura, caráter
politico-ideológico, que se constitui por dois aspectos:
· Pela estrutura jurídico-politica
representada pelo estado e pelo direito: segundo Marx, a relação de exploração de classe no nível econômico repercute na relação
da dominação politica.
· Pela estrutura ideológica, as
expressões da consciência social, tais como a religião, as leis, a educação, a
literatura, a filosofia, a ciência e a arte, também nesse caso, por que sua
cultura reflete as ideias e os valores da classe dominante.
Vamos exemplificar como a
infraestrutura determina a superestrutura, comprando valores de dois diferentes
períodos da historia.
A moral medieval valoriza
a coragem e a ociosidade da nobreza ocupada com a guerra, bem como a
fidelidade, base do sistema de suserania e vassalagem, do ponto de vista do
direto, em um mundo cuja riqueza e a posse de terras, o empréstimo a juros e
considerado ilegal e imoral. Já na idade moderna, com a ascensão da burguesia,
o trabalho foi valorizado e, consequentemente, critica-se a ociosidade a
legislação do sistema bancário, por sua vez, exigiu a revisão das restrições
moras aos empréstimos, a igreja protestante confirmou os novos valores por meio
da doutrina da predestinação e , ao contrario do catolicismo, passou a ver o enriquecimento
como sinal de escolha divina.
Ao analisar o ser social, Marx
desenvolveu uma nova antropologia, segunda a qual existe natureza humana,
idêntica em todo tempo e lugar, se o assistir decorre do agir, o individuo se
autoproduz a medida que transforma a natureza pelo trabalho. Como o trabalho
apoia numa ação coletiva, a condição humana depende de sua existência social.
Por outro lado, o trabalho é um projeto, e ação pelo pensamento. Com isso se
estabelece a dialética pensar-agir e teoria-prática, por isso a filosofia
marxista e também conhecida como filosofia da práxis.
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